ACIS e Société Générale Moçambique levam FMI à reflexão sobre o futuro da economia moçambicana

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O aumento da produção e produtividade a nível das empresas é um factor importante para a estabilização da economia e constitui um dos maiores objectivos da Associação de Comércio, Indústria e Serviços, enquanto defensor dos interesses empresariais dos seus associados e do Sector Privado, no seu todo. Paralelamente, interessa à ACIS a redução da inflação, através da manutenção de postos de trabalho, bem como o estímulo à compra de produtos e serviços.

Foi baseado nesses pressupostos, que a Associação, em parceria com o Banco Société Générale Moçambique, realizou, na cidade de Maputo, um seminário sobre economia e negócios, visando uma reflexão sobre o futuro das empresas moçambicanas, com foco no ano 2022.

O evento contou com a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI) que, perante os empresários, debruçou-se sobre os prováveis impactos que se podem esperar da retoma do apoio à Moçambique, bem como os condicionalismos para o sucesso da parceria.

O representante do FMI em Moçambique, Alexis Mayer, referiu que “a continuação e o fortalecimento do trabalho de reformas é crucial e, neste momento, não se pode descurar, sendo que a instituição definiu como prioridades a diversificação da economia (para além do GNL); o investimento no Capital Humano e Infraestruturas; e a  melhoria da qualidade e capacidade das Instituições”. “O Programa do Governo com apoio do FMI visa aprofundar algumas das reformas necessárias, tais como o reforço da estabilidade macroeconómica, para que ela seja sustentável e consistente com crescimento inclusivo conducente à redução da pobreza e desigualdades; e reformas macro-críticas, medidas estruturais e sociais entre as quais a gestão das finanças públicas, governação, e redes de proteção social”, disse o mesmo responsável.

O Presidente da ACIS, Luís Magaço Jr., destacou a importância da retoma do apoio do FMI a Moçambique, considerando-a, a par de outros, um sinal que poderá influenciar positivamente a recuperação da economia nacional. “Temos experimentado a restituição do clima de paz nas regiões Centro e Norte, o alívio de medidas restritivas, no âmbito da contenção da pandemia da Covid-19 e a retoma dos projectos de petróleo e gás, no norte do país. Ao elegermos este tema sobre a Retoma do Apoio do FMI a Moçambique queremos que os nossos empresários tenham noções sobre o meio onde actuam e estamos convictos de que esta actividade que realizamos hoje ajudará muito às empresas nas decisões estratégicas que tiverem que tomar adiante”, afirmou.

Por seu turno, o CFO do Société Générale Moçambique, Tomás Chale, referiu que a recuperação da estabilidade macroeconómica nacional exige uma acção contínua e integrada numa abordagem holística por parte dos principais actores-chave do desenvolvimento do país. Todas estas peças são fundamentais para que, trabalhando em conjunto, possamos transformar, o enorme potencial de Moçambique em várias áreas, numa realidade demonstrada em termos de crescimento económico e desenvolvimento humano, nas próximas décadas”. “O Grupo Société Générale está empenhado em contribuir para o desenvolvimento sustentável das economias em que opera, trabalhando em conjunto com os seus colaboradores, clientes e parceiros na busca de soluções que nos permitem avançar de forma colectiva, e construir um futuro melhor para todos. Esta iniciativa figura no plano central da nossa ambição global, como Grupo Société Générale, e em particular em Moçambique”, disse Chale.