O Presidente do Conselho de Gerência da Associação de Comércio, Indústria e Serviços, Luís Magaço Jr. defende que nenhuma organização pode alcançar e sustentar a prosperidade, sem que toda a sua cadeia administrativa adopte práticas transparentes, íntegras e responsáveis, no exercício de negócios.
Magaço Jr. manifestou este posicionamento na II Conferência Anual da ACIS, tida lugar em finais do passado mês de Maio, na cidade de Maputo.
Segundo o dirigente, a ausência de instrumentos legais, secundada pela ausência de uma governação com um hábito de estar correcto, tem conduzido muitas organizações a resultados ineficientes, que impossibilitam a criação de riqueza.
“É muito difícil uma instituição com más práticas gerar riqueza, gerar crescimento e para nós é fundamental que, na medida dos recursos que temos, participemos numa campanha nacional de melhores práticas de negócio, fomentando ideias e exemplos sobre como é que podemos melhorar”, disse.
Luís Magaço considera ainda que, para que a campanha rumo à adopção de boas práticas seja frutífera, é necessário o envolvimento de todas as formas de governação.
“Não é só uma questão de empresas, ou de como fazer negócios, é toda a governação, que também envolve o Estado, os municípios, as ONG, as igrejas, porque infelizmente as más práticas estão a ser disseminadas por todos os sectores”, afirmou.
A II Conferência Anual da ACIS, organizada em parceria com o Instituto de Ética da África do Sul, com o lema “Checks and Balances: Prestação de Contas e Transparência”, contou com a participação do jurista sénior, Hermenegildo Gamito, na qualidade de orador principal.
Nos últimos três anos, a ACIS tem estado a desenvolver acções no capítulo da ética nos negócios, que envolvem formações e conferências que se primam a divulgar as melhores práticas, tendo em vista a melhoria do ambiente de negócios no país.