A Companhia do Pipeline Moçambique-Zimbabwe (CPMZ) prevê aumentar para três milhões de metros cúbicos, a partir do primeiro trimestre de 2022, a capacidade de produção do seu oleoduto, no corredor da Beira.
O incremento esperado representa 50 por cento, se comparado aos dois milhões de metros cúbicos produzidos actualmente.
O Director Administrativo e de Desenvolvimento Institucional da Empresa, Víctor Macuácua, disse que o aumento da capacidade resulta de um investimento num projecto de renovação das plataformas da CPMZ com vista a manter a instituição como o transportador preferencial de produtos petrolíferos da região do Interland.
“Actualmente temos assistido a um crescimento da demanda por esses produtos, a partir do Porto da Beira”, contou.
Víctor Macuácua falou à Voz do Empresário durante a primeira edição do Fórum de Negócios da SADC, tido lugar na cidade de Maputo.
“A principal mensagem que trazemos tem a ver com o facto de a CPMZ ter se estabelecido como uma empresa de sucesso, no transporte de produtos petrolíferos refinados para a região e neste momento estamos a investir para elevar o nosso nível e continuar a abastecer o mercado com a máxima eficiência possível. Portanto, viemos cá dizer aos países da SADC que nós continuamos comprometidos”, disse Macuácua.
Entre as estratégias desenvolvidas para o alcance desse desiderato, Macuácua aponta uma comunicação mais eficiente e a remoção dos bloqueios que neste momento impedem a utilização da capacidade total do oleoduto.
“Continuamos a interagir com os diferentes stakeholders, incluindo os gestores dos portos, as alfândegas e também o governo dos Zimbabwe, que no fundo é o nosso parceiro indispensável nesta missão”, afirmou.
A CPMZ participou do Fórum de Negócios da SADC na qualidade de membro da ACIS e considerou o evento uma oportunidade sublime para atingir outros mercados.
“A empresa transporta cerca de 95% de todo o combustível consumido no Zimbabwe, mas há uma boa parte de combustível, para além deste, que extravasa as fronteiras do Zimbabwe. Há algum produto que vai para a Zâmbia, para o Congo e, portanto, a nossa perspectiva é sermos competitivos o suficiente para atingirmos, quiçá, Botswana, tendo em conta os investimentos que estamos a fazer e os projetos que estamos a desenvolver para aumentar a taxa de utilização do nosso oleoduto, e isto deverá acontecer nos próximos cinco anos, de certeza”, asseverou.
Macuácua destacou ainda o facto de a CPMZ ser uma empresa ‘amiga do ambiente’ como um factor-chave no acesso a novos mercados.
“A CPMZ tem uma política de responsabilidade social e impacto ambiental muito forte, com procedimentos de alto padrão, seguindo todas as recomendações exigidas internacionalmente e temos, para além das várias acções de sensibilização que fazemos ao longo das comunidades, também instrumentos de operação que permitem cuidar do ambiente”, finalizou.